22 de setembro de 2010

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16 de setembro de 2010

Não se esqueça!

As sessões do Fazcine são realizadas toda segunda-feira, às 18 horas, na sala 18 da Facomb - UFG

15 de setembro de 2010

Fazcine exibe: O documentário brasileiro contemporâneo


Considerar a importância da reflexão sobre o documentário e suas possibilidades, como gênero diverso que é, tem como ponto de partida eficaz o valor crescente que o gênero tem recebido no panorama da cinematografia nacional e mundial na atualidade. Tal fator pode ser facilmente percebido pelo aumento significativo da produção e pela conseqüente e valiosa ampliação do circuito de exibição, inclusive em mostras e festivais dedicados exclusivamente a ele que enchem salas de cinema com um público que também tende a se proliferar.
Com a intenção de fomentar essa reflexão o Cineclube Fazcine coloca em discussão o documentário brasileiro contemporâneo, com a exibição de quatro documentários reconhecidos pelas premiadas trajetórias que traçaram.


Sessões:

13/09

Rua de mão dupla (Cao Guimarães, 2002)
Pessoas que não se conheciam, trocaram de casas simultaneamente pelo período de 24 horas. Cada uma levou consigo uma câmera de vídeo de simples manuseio e tiveram total liberdade para filmar o que quisessem na casa deste estranho durante este período. Cada participante tentou elaborar uma 'imagem mental' do "outro” através da convivência com seus objetos pessoais e seu universo domiciliar. Ao final da experiência cada um deu um depoimento pessoal sobre como imaginou este "outro".
"Rua de Mão Dupla" é um projeto que trata essencialmente da realidade do indivíduo urbano que vive só. É uma tentativa de desorganizar um pouco estas realidades. Através de uma câmera de vídeo os participantes inserem sua personalidade (pelo olhar) na personalidade de um outro ausente. Solidões se (con)fundem em algum momento deste fluxo de olhar e ser olhado, de presença ausente e de ausência presente, de identificação e de diferenciação.

20/09

33 (Kiko Goifman, 2003)
Documentário com atmosfera noir. 33 anos é a idade do diretor. 33 dias é o tempo limite para encontrar sua mãe biológica. Um road movie entre fumaça, parteiras, cartomantes, porteiros, médicos e detetives.
O documentário 33, de Kiko Goifman, utiliza-se da linguagem noir para mostrar a busca do diretor por sua mãe biológica. O nome "33" vem de três fatos relativos a esta procura: Kiko decidiu encontrar a mãe aos 33 anos de idade, sua mãe adotiva nasceu em 1933 e a busca durou exatos 33 dias.


O diretor sempre soube que era filho adotivo, mas aos 33 anos decidiu procurar a mãe biológica. A partir de pistas dadas por detetives de São Paulo e Belo Horizonte, o cineasta realizou este filme.


Misturando diversos gêneros cinematográficos - entre eles o film noir -, ele não se esquivou dos sentimentos e incluiu a mãe adotiva na busca. 33 mergulha no universo peculiar dos detetives, que atuam num terreno movediço entre o legal e o ilegal, o público e o privado.

27/09

Santiago (João Moreira Salles, 2007)
Santiago começa como um filme sobre o malogro de um filme que não foi montado. As imagens de Santiago foram rodadas em 1992, mas por incapacidade do diretor em editá-las, permaneceram intocadas por mais de 13 anos. Em 2005, o diretor voltou a elas. Queria compreender a razão de seu insucesso. Santiago havia sido o mordomo da casa em que crescera, um homem de vasta cultura e prodigiosa memória, cujas idiossincrasias deixaram uma marca profunda nas lembranças da família. Ao refletir sobre o tempo que separa a filmagem de 92 da edição de 2005/2006, o narrador, aos poucos, se aproxima do segredo do filme. Santiago é este lento processo de desvelamento, um filme sobre identidade, a memória e a própria natureza do documentário.

04/10

A Alma do Osso (Cao Guimarães, 2004)
A Alma do Osso revela, pouco a pouco, a existência aparentemente isolada de Dominguinhos, 72 anos, um ermitão que vive numa caverna encravada numa montanha de pedra. O filme constrói-se com longos silêncios onde o ermitão executa as tarefas do dia a dia, como cozinhar e limpar, e com imagens que vão para além do seu território. Ao final descobrimos que na vida do ermitão o silêncio é o lugar comum, o estado normal em que o tempo passa. A fala é o estado de exceção.



O professor da UFG, Rafael de Almeida, foi o responsável pela curadoria deste ciclo de filmes voltados para o Documentário brasileiro contemporâneo.